
Dignidade...
Dignidade, tenho-a por certa. Sempre a tive ao meu lado conjuntamente com esta solidão que Deus me deu por companhia.
Por mais homens que passem pelo meu corpo; por mais veneno que me cuspam para a cara; por mais inveja que me tenham esses monstros, uma coisa é certa: ninguém me rouba a dignidade.
Pouco me importa se me tramam a cada esquina desta grande cidade, pois eu passo indiferente à dor que vós me pretendeis causar... eu passo indiferente à vida.
Sigo o caminho que tenho traçado, sem nunca questinar o sentido de tudo isto... eu não vivo apenas existo. Nada me marca e eu não marco ninguém.
A única coisa a que me agarro é a fé na dignidade e o consolo na solidão. Só isto me pertence, só por isto eu existo, só nisto encontro o sentido das passadas...